sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Informações que chegaram direto da prisão:


Dia 29.10.2009
Finalmente a liberdade, hoje por volta das 8 horas finalmente chegou o momento de voltar ao volta ao convívio conosco. Não há como esconder o alívio que veio junto com a libertação, com o final de mais uma batalha. Sabemos que é uma luta desleal, injusta e nossos inimigos são poderosos, mais Jesus está no comando de todas as coisa. Momentos difíceis poderão até vir, mais com certeza sairemos vitoriosos. É confortante saber que depois de uma noite escura sempre surge um dia claro e com o sol brilhante.Lembro uma música:
No Woman, No Cry
No Woman, No Cry
No Woman, No Cry
No Woman, No Cry...
Bem que eu me lembro
Da gente sentado ali
Na grama do aterro, sob o sol
Ob-observando hipócritas
Disfarçados, rondando ao redor...
Amigos presos
Amigos sumindo assim
Prá nunca mais
Tais recordações
Retratos do mal em si
Melhor é deixar prá trás...
Não, não chore mais
Não, não chore mais
Oh! Oh!
Não, não chore mais
Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
Não, não chore mais
Hê! Hê!...
Bem que eu me lembro
Da gente sentava ali
Na grama do aterro, sob o céu
Ob-observando estrelas
Junto à fogueirinha de papel...
Quentar o frio
Requentar o pão
E comer com você
Os pés, de manhã, pisar o chão
Eu sei a barra de viver...
Mas, se Deus quiser!
Tudo, tudo, tudo vai dar pé
Tudo, tudo, tudo vai dar pé
Tudo, tudo, tudo vai dar pé
Tudo, tudo, tudo vai dar pé
Tudo, tudo, tudo vai dar pé
Tudo, tudo, tudo vai dar pé...
No Woman, No Cry
No Woman, No Cry
No Woman, No Cry
Uh! Uh! Uh!...
Não, não chore mais
Menina não chore assim!
Não, não chore mais
Oh! Oh! Oh!
No Woman, No Cry
No Woman, No Cry
Não, não chore mais
Não chore assim
Não, não chore mais
Hê!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Informações que chegaram direto da prisão:

Dia 28.10.2009
Depois do desjejum na prisão, reclamando de fortes dores de cabeça, após o tramite burocrático das inúmeras autorizações para sair do cárcere, o preso foi encaminhado para ser atendido no Pronto atendimento da UNIMED. A médica plantonista detectou uma crise de hipertensão arterial. Depois de medicado retornou ao local do cumprimento da pena.
Várias pessoas estiveram no local para prestar solidariedade.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Veja vídeo depoimento da mãe do Major Rocha e do Deputado Capitão Assunção

Informações que chegaram direto da prisão:

Dia 27.10.2009

A punição que segundo a imprensa estava marcada para acontecer durante a semana passada e que foi desmentida pelo comandante da PM finalmente saiu. Agora, após a marcha da PEC 300 ficam claros os motivos do adiamento, afinal se um capitão Assunção em Brasília incomoda muita gente, um capitão Assunção, um major Fábio e um Mendonça Prado no Acre incomodam muito mais.
Quanto a tal ordem de prisão, essa teve a sua leitura dentro de uma das salas do comando geral da polícia militar, se deu na presença de vários oficiais do alto comando. Acredito que esse fato tem como objetivo claro humilhar e tornar ainda mais constrangedora a situação.
Após a leitura da ordem de prisão, antes do preso ser recolhido ao local em que deveria cumprir sua pena, eis que um fato inesperado acontece e deixa o comando em polvorosa. Um ato nobre de um militar que externa o sentimento de toda uma categoria que é humilhada, destratada e perseguida por muitas autoridades, inclusive algumas que se travestem com uniformes das corporações.
A atitude do sargento Ribeiro não deve ser vista como um fato isolado. Traduz verdadeiramente o sentimento de uma categoria, categoria essa que seus integrantes são ensinados a defender os nossos direitos, muitas vezes com risco de suas próprias vidas. Esses mesmos profissionais também aprendem, de forma totalmente equivocada e tendenciosa, que a Constituição brasileira não vale para eles, que os direitos e garantias fundamentais do cidadão não se aplicam aos militares e tudo isso por conta de um reles decreto denominado Regulamento Disciplinar. Juridicamente tal situação é insustentável e só subsiste à custa de perseguição, opressão e prisões arbitrárias.
Fundamentar a aplicação de normas flagrantemente inconstitucionais usando como pretexto a hierarquia e a disciplina militar é no mínimo um grande engodo, isso se entendermos que os autores de tais peripécias agiram motivados somente pela ignorância do ordenamento jurídico brasileiro, ao contrário sobraria o entendimento que tais fatos foram motivados pela perversidade de se aplicar uma punição que se sabe ser ilegal. Complemento que nada está acima da nossa Constituição Federal. Lei maior do País que se aplica a todos os brasileiros, aos estrangeiros que se encontram em nosso território e ao próprio Estado.
Vivemos em uma ditadura branca. Já os nossos irmãos militares ainda estão vivendo sob o domínio de um regime opressor, muito pior que os momentos mais críticos dos períodos de exceção.
Já no local do cumprimento da prisão, chegando por volta de 13 horas, o novo “hospede” passou a receber visitas de apoio e solidariedade de vários militares e amigos. A noite foi longa, mais o calor dos amigos trouxe conforto.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Major Rocha está preso mais uma vez

Foto do Orkut do Major RochaComando da Polícia Militar manda prender mais uma vez o major Rocha
Nesta terça-feira, 27 de outubro, o Comandante Geral da Polícia Militar do Acre mandou prender mais uma vez o major Rocha. A prisão, foi anunciada para a semana passada e só não se concretizou naquela data em razão da vinda de vários Deputados Federais ao nosso Estado, entre eles o Deputado Capitão Assunção. O Comandante, quando questionado por um jornalista local, temendo a reação e a repercussão que o fato criaria, decidiu negar que o oficial seria preso. Tão logo os Deputados Federais embarcaram no avião com destino a Brasília, o mandado de prisão foi desengavetado e passaram a caçar o major Rocha para que a ordem de prisão fosse cumprida, fato que só não ocorreu em razão do mesmo haver viajado para o interior do Estado.

Rocha Recebe voz de prisão e é encaminhado para um batalhão localizado no Conjunto Universitário
Tão logo recebeu a voz de prisão o major Rocha foi escoltado para o quartel do 4° Batalhão da PM, localizado na antiga sede do antigo Grupo de Roubos e Furtos da Polícia Civil, localizado no Conjunto Universitário. Segundo informações de Policiais Militares que não quiseram se identificar temendo perseguições o preso deverá cumprir a sua punição em regime fechado, de acordo com o RDD (Regime disciplinar diferenciado) criado pela portaria nº 13/CG/2009, só poderá receber visitas de familiares e somente aos sábados e domingos, no horário de meio dia às 17 horas.

Veja também:
http://ameac.blogspot.com/2009/06/veja-portaria-que-criou-o-rdd-da.html

Familiares afirmam que oficial está sendo vítima de perseguição
Após a efetivação da prisão, familiares do major Rocha questionaram a punição e disseram que o mesmo está sendo vítima de uma perseguição implacável por sua luta em defesa dos Policiais e Bombeiros Militares. “O governo esta tentando calar aquele que ainda tem coragem de defender uma categoria tão sofrida e humilhada quanto os militares estaduais”, foi o que afirmou Alonso Rocha, pai do major.
“O Governador chamou os militares e seus familiares de baderneiros, isso só por que eles queriam melhores condições de trabalho e salário, agora manda prender e humilhar um pai de família, um marido e um bom filho”, foi o que disse Socorro Rocha, mãe do Major.

Entenda o motivo da prisão
Segundo relato de familiares, a mencionada prisão teve sua origem no movimento que os militares promoveram no dia 4 de maio e foi motivada porque durante uma entrevista concedida para a TV Acre, quando a jornalista questionou se os militares estaduais poderiam se reunir em um local público, o oficial teria citado o inciso XVI do art. 5° da Constituição Federal, dizendo que tal dispositivo diz que “todos podem se reunir pacificamente” não excluindo os militares estaduais desse direito. O Oficial teria dito que o Subcomandante da PM teria dito que a citação do texto constitucional afrontava o comando e os princípios da hierarquia e da disciplina.

Navio Negreiro


Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?...
Ó mar, por que não apagas
Co`a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!...
Existe um povo que a bandeira empresta
P`ra cobrir tanta infâmia e covardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto!...
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...
Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia de mais!...
Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!

Autor: (Castro Alves)